Putin aproveita abandono de Trump à Ucrânia

Publicado em 7 de março de 2025 às 19:34

 Rússia lançou 67 mísseis e 194 drones contra a Ucrânia; autoridades relataram 10 feridos, incluindo uma criança

A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender o compartilhamento de inteligência com a Ucrânia abriu caminho para uma nova onda de violência por parte da Rússia, que rapidamente aproveitou o enfraquecimento da defesa ucraniana para lançar uma ofensiva devastadora contra infraestruturas essenciais de energia e gás.

A atitude de Trump, que privilegia um acordo apressado mesmo à custa da soberania e da segurança ucraniana, não apenas expõe Kiev a ataques ainda mais brutais, como envia um sinal perigoso de hesitação para aliados ocidentais e adversários estratégicos.

Com o abandono norte-americano, o ditador russo Vladimir Putin encontrou terreno fértil para intensificar seus ataques, desencadeando uma série de bombardeios coordenados que atingiram diversas regiões do país durante a madrugada.

Essa foi a primeira grande investida desde que Trump, em mais um gesto de aproximação com Moscou, retirou o apoio fundamental de inteligência militar, enfraquecendo a resistência ucraniana em um momento crítico da guerra.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reagiu com firmeza, apelando por uma nova estratégia de apoio internacional que inclua uma trégua parcial com cobertura aérea e marítima — uma medida defendida inicialmente pela França —, preservando a presença de tropas ucranianas no solo.

Em mensagem pública, Zelensky foi enfático ao responsabilizar a Rússia como única responsável pela continuidade da guerra e cobrou ações concretas para interromper os ataques e conter a agressão.

Os números da ofensiva são alarmantes: 67 mísseis e 194 drones lançados contra a Ucrânia em uma única noite, com a defesa ucraniana conseguindo interceptar apenas parte da ameaça.

Kharkiv, Ternopil e Poltava estão entre as áreas mais afetadas, com cerca de dez feridos, incluindo uma criança, e danos generalizados à infraestrutura civil e energética.

Enquanto a população ucraniana enfrenta apagões e a destruição de serviços básicos, o Ministro da Energia, German Galushchenko, denunciou a escalada de ataques direcionados às redes de energia e gás, reforçando que Moscou mantém uma campanha sistemática para mergulhar o país no colapso.

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