Com acordo, psolista abandona greve de fome e ganha tempo para tentar evitar cassação

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) anunciou, na tarde desta quinta-feira (17), o fim da greve de fome iniciada em 9 de abril, após o Conselho de Ética da Câmara recomendar a cassação de seu mandato.
A decisão veio após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), suspender por 60 dias a tramitação do processo contra o parlamentar, abrindo espaço para uma solução negociada.
A informação foi confirmada à imprensa pela assessoria de Braga e por aliados do PSOL.
A suspensão, que pode estender o caso até agosto devido ao recesso parlamentar, foi articulada como uma tentativa de evitar a cassação, enfrentando resistências do centrão, grupo majoritário na Casa.
“Após este período, as deputadas e os deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo”, declarou Motta em suas redes sociais.
O objetivo é buscar uma punição menos severa, como suspensão temporária do mandato ou advertência.
O caso teve início em abril de 2024, quando Glauber Braga expulsou com chutes e empurrões um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) da Câmara.
A atitude gerou a recomendação de cassação pelo Conselho de Ética, aprovada por 13 votos a 5 no último dia 9, mesma data em que o deputado iniciou a greve de fome.
Durante o protesto, ele ingeriu apenas água, soro e bebidas isotônicas, improvisando um colchão no plenário 5, onde o conselho se reuniu.
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