Deputada do PSOL demonstrou incômodo com o pedido da pastora para que mulheres perdoassem todos, inclusive abusadores, durante uma pregação durante um culto

Foto: Reprodução
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) acionou o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra a cantora e pastora Baby do Brasil após uma pregação durante um culto na capital paulista.
No sermão, a artista abordou a importância do perdão, inclusive em situações de abuso sexual. O trecho viralizou nas redes sociais e gerou reações de setores da esquerda.
"Perdoa tudo o que você tiver no seu coração aqui, hoje, nesse lugar. Perdoa. Se teve abuso sexual, perdoa. Se foi da família, perdoa", declarou Baby.
Na representação enviada ao MP, Sâmia alega que a fala extrapola os limites da liberdade religiosa e de expressão, podendo desencorajar vítimas de abuso a denunciarem seus agressores.
Apesar de Baby não ter incentivado que as mulheres deixem de denunciar abusadores, a parlamentar socialista pediu que a cantora seja investigada por incitação ao crime e condescendência criminosa.
Baby do Brasil, além de ser uma artista respeitada, é uma missionária cristã que há anos compartilha mensagens de fé e esperança.
Liberdade religiosa é inviolável de acordo com a Constituição
A Constituição Federal do Brasil assegura a inviolabilidade da liberdade de crença e a livre manifestação do pensamento, o que implica o direito da cantora de expressar suas crenças, sem que isso constitua um incitamento à impunidade ou à obstrução da Justiça.
Deputada é contra redução da maioridade penal para estupradores
Apesar de se apresentar como defensora dos direitos das mulheres e criticar publicamente a cantora Baby do Brasil por sua fala sobre o perdão em casos de abuso sexual, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) adota uma postura incoerente ao se opor à redução da maioridade penal para adolescentes que cometem crimes graves, como o estupro.
Enquanto se posiciona contra discursos que, em sua visão, podem desmotivar vítimas a denunciarem agressores, defendendo a proteção das vítimas, ela rejeita uma medida que aumentaria as penas para menores infratores, impedindo que o sistema penal trate com maior rigor aqueles que cometem crimes graves, como o abuso sexual.
Essa contradição se torna evidente, já que a redução da maioridade penal seria uma forma de garantir maior justiça e proteção às vítimas, especialmente mulheres e crianças.
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