Grupo terrorista usa técnica de terror psicológico para pressionar Israel; família apela por intervenção dos EUA

O grupo terrorista Hamas divulgou nesta sexta-feira um novo vídeo como prova de vida do soldado israelense Matan Angrest, mantido em cativeiro na Faixa de Gaza há 518 dias.
O vídeo teria sido divulgado a pedido da família de Angrest, mas as falas do soldado provavelmente foram ditadas por seus sequestradores como parte da estratégia de terror psicológico do Hamas.
"Olá, meu nome é Matan Angrest", afirma ele no início da gravação.
"Fui sequestrado em 7 de outubro no posto avançado de Nahal Oz e estou há 511 dias sob custódia do Hamas. Aqui dentro, sentimos que o Exército de Israel e o governo nos abandonaram há muito tempo. Nós, reféns, estamos começando a perder a esperança. Não vemos um desfecho para essa história."
A gravação segue o padrão de outras já divulgadas pelo Hamas durante períodos de negociações tensas. Enquanto Israel evita discutir a segunda fase do acordo de reféns, Angrest afirma que operações militares não serão eficazes para sua libertação.
"Quero dizer ao Exército de Israel: vocês não conseguirão nos trazer de volta por meio da força militar. A única maneira de nos libertar é através de um acordo", declara o refém.
"Ouço falar sobre as fases da negociação, mas, para nós, reféns, isso não importa. Nós só queremos voltar para casa."
Angrest também descreve as dificuldades enfrentadas no cativeiro.
"Não é fácil. Não vemos o sol. O frio do inverno nos afeta", relata.
Ele destaca ainda que sua situação é diferente da de outros reféns libertados.
"Fui capturado como soldado, e o tratamento que recebo aqui reflete isso. Não sou tratado como um refém civil."
O soldado fez um apelo direto ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedindo sua intervenção.
"Quero aproveitar esta oportunidade para me dirigir a Trump. Por favor, traga todos os reféns de volta. Você é o único que tem poder para influenciar Netanyahu e o governo para realmente viabilizar esse acordo. Faça tudo o que puder para nos trazer para casa o mais rápido possível."
Por fim, Angrest se dirige à família.
"Mãe, Anat, pai, Hagai, minha irmã, Adi, meus irmãos, Ophir e Roy, estou esperando pelo momento em que poderei abraçá-los e vê-los novamente. Tenho certeza de que estão lutando por mim e fazendo tudo o que podem para me trazer de volta."

De acordo com o YNet News, portal israelense, a família do militar pediu apoio internacional, especialmente dos Estados Unidos.
"Os americanos colocam seus soldados e combatentes no topo de suas prioridades, e pedimos que façam o mesmo para ajudar a trazer de volta os soldados israelenses que não têm cidadania americana", argumentaram.
Menos de um mês atrás, a família recebeu confirmação de que Angrest está vivo por meio de ex-reféns libertados.
No entanto, os relatos indicam que ele segue gravemente ferido e submetido a condições extremas no cativeiro.
"Sabemos, por meio de reféns libertados, que nosso filho Matan está vivo. Foi uma informação emocionante para nós", disse seu pai, Hagai Angrest. "Chegou a hora de trazê-lo de volta, junto com todos os outros."
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