
Julgamento aumenta a tensão política em Brasília e pode influenciar diretamente as eleições de 2026
Foto: Coutinho STF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) as contestações apresentadas pelas defesas dos investigados no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.
A remessa foi feita em bloco único, após o protocolo de todas as manifestações na noite de sexta-feira (8).
Agora, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, tem cinco dias, a partir de segunda-feira (11), para se manifestar sobre os documentos.
Após esse prazo, o caso estará pronto para julgamento, que pode ocorrer ainda em março, segundo fontes do STF. A definição da data caberá ao ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma da Corte.
Entre os investigados no chamado "núcleo 1" da denúncia da PGR estão o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-integrantes do alto escalão do governo, como Walter Braga Netto (Casa Civil), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Anderson Torres (Justiça) e Augusto Heleno (GSI).
Também figuram na lista o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
Cid, que firmou acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal, prestou informações utilizadas nas investigações. Caso seja condenado, poderá obter benefícios previstos no acordo.
Moraes também enviou à PGR as defesas dos investigados do chamado "Núcleo 3", composto por militares de diferentes patentes e um agente da Polícia Federal.
Entre eles estão o general Nilton Diniz Rodrigues, o ex-chefe do Comando de Operações Terrestres Estevam Theophilo e o coronel Fabrício Moreira de Bastos, citado no inquérito por possível envolvimento com um documento de teor político.
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