Presidente francês deixou claro seu apoio à Ucrânia

ERIC CABANIS / POOL / AFP
O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta quarta-feira (5) que a Europa enfrenta uma nova realidade geopolítica diante da mudança de posição dos Estados Unidos em relação à guerra na Ucrânia.
Em pronunciamento transmitido pelas redes sociais oficiais, Macron destacou que o continente europeu precisa intensificar o apoio ao governo ucraniano para enfrentar os avanços da Rússia, especialmente diante do recuo americano no apoio à Kiev.
"Se a Europa for uma ‘espectadora’ da ‘ameaça’ da Rússia, seria uma loucura", disse.
Tensão comercial
O presidente francês ainda voltou a criticar a possibilidade de Washington impor tarifas sobre produtos europeus, comparando a medida ao que já foi feito em relação à China, ao México e ao Canadá. Segundo Macron, essa iniciativa seria prejudicial tanto para a economia europeia quanto para os próprios Estados Unidos.
“Se isso acontecer, não ficará sem resposta da nossa parte”, advertiu, ressaltando que líderes da União Europeia seguirão dialogando com autoridades americanas para evitar uma escalada nas tensões comerciais.
Conflito em momento crítico
Desde fevereiro de 2022, quando as tropas russas invadiram a Ucrânia por diferentes frentes, o conflito tem provocado milhares de mortes e sucessivas sanções econômicas contra Moscou.
Nos últimos meses, a guerra atingiu um de seus momentos mais críticos. Em outubro de 2024, a Rússia lançou um míssil hipersônico de alcance intermediário contra o território ucraniano. Apesar de equipado com uma ogiva convencional, o armamento pode ser adaptado para transportar carga nuclear, o que elevou a preocupação internacional.
A escalada ocorreu após uma série de ataques ucranianos dentro do território russo, utilizando armamentos fornecidos por países ocidentais como França, Reino Unido e Estados Unidos.
Agências de inteligência do Ocidente também apontam que Moscou estaria utilizando soldados norte-coreanos no conflito. Nem o Kremlin nem Pyongyang confirmaram ou negaram essa informação.
O ditador russo, Vladimir Putin, que trocou o comando do Ministério da Defesa em maio, afirma que suas tropas têm avançado com maior eficácia e que os objetivos traçados pela Rússia na Ucrânia serão alcançados, sem detalhar quais seriam essas metas.
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