Malafaia lidera manifestação do dia 16 ao lado de Bolsonaro, apesar de críticas recentes

Publicado em 14 de março de 2025 às 01:07

Pastor chegou a dizer que ex-presidente era "covarde" e "omisso" no final de 2024

Foto: MAURO PIMENTEL / AFP

O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, está à frente da manifestação marcada para este domingo (16) em Copacabana, no Rio de Janeiro.

O ato, que terá a presença de Bolsonaro, tem como principal reivindicação a anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023.

Inicialmente, lideranças de direita e políticos alinhados à oposição convocaram protestos em todo o país com foco no impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No entanto, Bolsonaro rejeitou a pauta e desmobilizou as manifestações nacionais, concentrando as atenções apenas no evento do Rio de Janeiro, onde estará presente.

Pastor criticou Bolsonaro abertamente, mas aliados amenizaram atrito

A liderança de Malafaia no evento ocorre apesar de críticas públicas que ele fez a Bolsonaro em outubro de 2024, durante as eleições municipais.

Na ocasião, o pastor chamou o ex-presidente de "covarde", "omisso" e "porcaria de líder" em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

As críticas surgiram em resposta à postura de Bolsonaro, que, segundo o entendimento de Malafaia, hesitou em apoiar de forma decisiva candidatos do Centrão, como Ricardo Nunes (MDB) em São Paulo e Eduardo Pimentel (PSD) no Paraná.

Malafaia acusou Bolsonaro de se omitir por medo de perder apoio nas redes sociais, afirmando: "Que político é esse, meu Deus?".

Naquele momento, Malafaia revelou ter enviado mais de 30 mensagens "duríssimas" a Bolsonaro via WhatsApp, expressando sua decepção.

Ele também mencionou um episódio em que Bolsonaro, enfrentando a possibilidade de prisão, chorou ao telefone por cinco minutos, dependendo de seu apoio.

A resposta de Bolsonaro foi de conciliação.

Ele declarou: "Eu amo o Malafaia. Ninguém critica mulher feia. Ele ligou a metralhadora, mas isso passa", sinalizando que a aliança não seria rompida.

Filhos de Bolsonaro, como Flávio e Carlos, também evitaram escalar o conflito, com Flávio afirmando que "roupa suja se lava em casa".


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