Parente dos filhos de Jair Bolsonaro é acusado de cometer crimes "contra a democracia"
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou nesta quarta-feira (2), a prisão preventiva de Leonardo Rodrigues de Jesus, mais conhecido como Léo Índio, primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e ocorre após Léo Índio deixar o Brasil e se refugiar na Argentina, onde busca asilo político por perseguição do judiciário.
Léo Índio tornou-se réu no STF em fevereiro deste ano, por decisão unânime da Primeira Turma, enfrentando acusações como tentativa de golpe de Estado, associação criminosa e danos ao patrimônio público.
Desde então, ele estava sob medidas cautelares, como a retenção de seu passaporte, mas conseguiu cruzar a fronteira para a Argentina usando um documento provisório permitido pelo Mercosul.
A PGR justificou o pedido de prisão apontando que a saída do país violou as restrições impostas e sinaliza um suposto risco de fuga.
Segundo o órgão, Léo Índio estaria tentando escapar da Justiça brasileira.
Moraes, relator do caso, acolheu o argumento e determinou a prisão imediata, caso ele retorne ao Brasil.
Se permanecer em solo argentino, sua captura dependerá de um processo de extradição, ainda não formalizado.
Em entrevista recente à rádio Massa FM de Cascavel (PR), Léo Índio confirmou estar em Puerto Iguazú, na Argentina, há mais de 20 dias, e disse ter obtido permissão para ficar até 4 de junho.
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